Flávio Teco Padaratz nasceu em Blumenau, filho do meio da família. Mas criado, inclusive como surfista, ele foi em Balneário Camboriú. De lá, Teco iria a Florianópolis e na sequência para a Califórnia, onde se tornaria profissional, protagonizaria o início de uma nova era do surfe brasileiro nas competições mundiais e selaria seu destino ligado ao esporte, do qual nunca se afastou mesmo após a aposentadoria.

Entre as conquistas? Teco recorda as principais:

“1º lugar no Alternativa Surf Masters na Barra (RJ) em 1991, o 1º Lugar em Hossegor Pro na França em 1994, naquela final inesquecível contra o Kelly Slater, e dois campeonatos dos Circuitos WQS, em 1992 e em 1999.”

Mas foram muitas outras, desde que ele começou a competir, aos 12 anos de idade, como amador e avançando categoria por categoria até se profissionalizar.

Tantos primeiros lugares não vieram sozinhos e nem sem esforço, apesar de não faltar talento para o surfista, que passava o rodo nas competições.

Em Avelino Bastos, Teco encontrou alguém que acreditou no seu potencial e que ajudou a lapidá-lo para ser um grande campeão e um grande exemplo:

“Fui orientado o tempo todo pelo Avelino Bastos, que é meu shaper de pranchas desde então, além de ser meu empresário durante a carreira e meu melhor amigo após nossa jornada profissional terminar. Foi o Avelino que me ensinou sobre como me portar na carreira e como alcançar meus objetivos."

Já na rotina intensa de treinos, Teco encontrou a técnica que tornou o surfe brasileiro uma referência mundial:

“Sempre tive bons treinadores e preparadores, e eles me exigiam bastante. A rotina era dura! Todos os dias, começando antes das 5 am e só parar a hora que acabava o dia! Mas não só físico, treinava muito a parte mental, lendo livros e estudando técnicas de concentração.”

Nesse ritmo, foram 15 anos competindo profissionalmente, além dos sete anos como amador. Mais de 20 anos dedicados de corpo e alma ao esporte de alto nível. Até a parada. Aos 32 anos, quando se aposentou, a jornada de Teco Padaratz no surfe já era consagrada, referência para a garotada, um orgulho nacional e um desafio para os gringos.

Mas, para o surfista, o topo do surfe era só o começo. Jovens, havia muito mais a explorar fora das águas. Não porque estivesse cansado do esporte e das competições, mas sim por ser movido a desafios, por querer fazer muitas outras coisas.

E coloca desafio nisso! Teco tem vários na conta. Ele tem banda, é palestrante, escreveu livro, editou documentário, teve uma produtora, criou peixes, cozinha muito bem, é ator e comentarista, é professor de surfe e avô coruja, é o mais recente eleito presidente da CBSurf e por aí vai.

“Eu sempre quis falar e ser ouvido! Algo muito pessoal meu! Após a carreira ingressei em alguns desafios interessantes! Produzindo a etapa do CT no Brasil por 17 anos e trabalhando na mídia também. Como comentarista e narrador de campeonatos. Também fui ator numa série do Disney Channel que se chama Juacas. Foram duas temporadas fazendo o papel do Cesinha, que tinha uma história parecida com a minha vida pessoal. Hoje assumi a presidência da CBSurf! E os desafios só aumentaram, o que me estimula muito!”

O que é um estímulo para a energia e ânimo sem fins do surfista é também sua marca registrada. Teco não para! Ele continua a ir para o mundo, para dar vida a seus sonhos e objetivos. Com isso, agora ele é quem acredita no potencial de outras pessoas, inspirando quem tem a alegria de conviver com ele e de ouvi-lo:

“Espero que minha marca deixe uma mensagem de liberdade de expressão, sem vícios políticos ou sociais. Apenas uma marca que mostre o que cada um tem de bom! E que essa marca possa mostrar que a vida é lá fora no sol! Na natureza!”

É nessa onda inesgotável de inspiração que Teco também aceitou nosso convite para ser um dos embaixadores da Galapagos Outdoor. E o match se deu logo de cara:

“Acho que a Galápagos conseguiu descobrir exatamente o meu momento de vida agora. A equipe toda me vê como a pessoa que sou hoje, com meus limites e novos desafios! E busca na minha experiência algo que inspire a nova geração e dê um porto seguro para a galera da minha geração! Mostrando que há muita energia para doar após os 50 anos de vida e que ainda podemos sonhar com novos objetivos!”

Sonhar com os objetivos e, ainda, dar uma parada para pegar uma onda. Pergunta para o Teco se dá tempo de surfar? Claro que dá! O esporte tem um lugar fundamental na rotina do ex-atleta:

“Hoje o surfe me revigora! Me faz sentir jovem de cabeça e muitas vezes me alivia a pressão do trabalho! Diria que o surf me cura de tudo!”

Bermudas